A Aedas se solidariza com o povo Pataxó Hã-hã-hãe, vítima do ataque de fazendeiros e empresários no extremo sul da Bahia, na zona rural da cidade de Potiraguá. Na ação criminosa, assassinaram a pajé Maria Fátima Muniz de Andrade, reconhecida como Nega Pataxó, liderança indígena espiritual da comunidade. O cacique Nailton Muniz Pataxó, ferido com gravidade, foi submetido à cirurgia e hospitalizado, além de outros três indígenas. 

Convocado por ruralistas da região, o autointitulado “Movimento Invasão Zero”, organizou e efetuou a ofensiva com aproximadamente duzentos homens, com a escolta ilegal da Polícia Militar da Bahia, contrariando a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que considerou o Marco Temporal inconstitucional no dia 21 de setembro de 2023. A ação armada foi realizada, sem nenhum amparo legal, para efetivar a reintegração de posse da fazenda Inhuma, do fazendeiro Américo Almeida.

 A Aedas repudia veementemente qualquer ação violenta contra povos originários, bem como considera alarmante e grave a escalada de conflitos fundiários que provocam inúmeros óbitos de indígenas no país, bem como de defensores de direitos humanos e lideranças religiosas.  
 
A presença dos povos indígenas deve ser respeitada, protegida e resguardada pelo Estado, especialmente em áreas que sofreram e sofrem com a grilagem de terras e especulação imobiliária ilícita.