Povos e Comunidades Tradicionais
A Aedas atua ao lado dos Povos e Comunidades Tradicionais atingidos pelo desastre-crime da barragem de Fundão, reconhecendo a centralidade de seus modos de vida, suas identidades coletivas e sua profunda relação com o território. Quilombolas, indígenas, pescadores artesanais, ribeirinhos, areeiros e outros grupos tradicionais foram diretamente atingidos e seguem enfrentando danos que ultrapassam o material, atingindo seus modos de vida, cultura, espiritualidade e memória.
Nos processos participativos, a Aedas assegura que esses povos tenham voz ativa na construção da reparação integral, considerando suas especificidades, tradições e formas próprias de organização. A escuta qualificada, o diálogo intercultural e o respeito às lideranças são pilares fundamentais deste trabalho.
A perda de acesso aos territórios, a interrupção das atividades produtivas, a desestruturação dos laços comunitários e os danos ao meio ambiente são dimensões essenciais para compreender os danos vividos pelos PCTs. Por isso, a atuação da Aedas busca fortalecer instrumentos de participação e garantir que suas demandas sejam reconhecidas e incorporadas aos processos de decisão.
As ações desenvolvidas incluem mobilização comunitária, apoio técnico especializado, assessoramento na construção de Protocolos de Consulta, produção de informações qualificadas e construção de espaços que respeitam a diversidade cultural e a autonomia dos povos. Essa abordagem favorece a defesa dos direitos coletivos e a valorização das tradições que sustentam suas formas de existência.
Ao acompanhar de perto esses grupos, a Aedas reafirma seu compromisso com uma reparação que reconhece a pluralidade dos modos de vida e a importância dos territórios tradicionais na construção de futuro digno, justo e sustentável para toda a bacia do Rio Doce.



