Entidades executoras retomam atividades do projeto Veredas Sol e Lares
O mês de maio está sendo dedicado à mobilização de pesquisadores sociais e à inspeção de estruturas para instalação da usina fotovoltaica flutuante, que beneficiará famílias dos Vales do Jequitinhonha e Rio Pardo
Em reunião realizada no dia 13 de abril deste ano, a Cemig anunciou a retomada e continuidade da execução do Projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) Veredas Sol e Lares às entidades executoras do projeto. A partir daí, o grupo iniciou o planejamento das atividades de instalação da usina flutuante de geração de energia solar. Esse empreendimento, implementado com participação e controle social, irá beneficiar comunidades do semiárido mineiro.
A retomada desse processo envolve desde a análise da infraestrutura até a mobilização comunitária para adesão e participação no projeto, que prevê contemplar 1250 famílias do semiárido mineiro com o uso e gestão popular da energia gerada, um processo inovador de tecnologia social.
Como parte desse ciclo de planejamento, foi realizada, no último dia 04, a visita para inspeção dos flutuadores da usina solar, armazenados em um galpão na cidade de Montes Claros. Estiveram presentes: Luis Shikasho, integrante da Coordenação de Projetos da Aedas; o Consórcio Veredas Sol e Lares (CVSL), representado pelos engenheiros eletricistas Oberdan Savaris e Michel Rocha; a empresa Fotovoltaico Flutuante Brasil (F2B), representada por Orestes Gonçalves Jr; a Cemig, na pessoa da Rodrigo Nascimento; e a empresa Efficientia, representada por Luiz Fernando.
O objetivo da visita foi verificar as condições físicas dos flutuadores e acessórios que darão sustentação aos módulos fotovoltaicos. No dia seguinte, foi realizada ainda uma visita à Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Santa Marta, no Município de Grão Mogol, local de instalação da usina fotovoltaica.
Na semana seguinte, uma equipe do Grupo de Estudos em Energias Renováveis (GREEN) da PUC Minas, que atua como interveniente no projeto, também visitou o galpão em Montes Claros para verificar as condições dos módulos e validar suas condições de armazenagem. A inspeção, realizada pelo professor Dr. Denio Cassini e pesquisadores do GREEN, será seguida por uma fase de testagem dos equipamentos, a ser realizada ainda na primeira quinzena de Junho.
Segundo o professor Denio, em entrevista à comunicação da Aedas, após as testagens terá início a capacitação e treinamento dos profissionais que atuarão na instalação e manutenção da usina. O professor lembra que a implementação da energia solar térmica é mais ágil, por não demandar grandes obras de engenharia como a construção de barragens e remoções de comunidades. Além disso, o projeto empregará mão-de-obra local durante a instalação e manutenção das estruturas: “desde o início o projeto contempla essa população, na instalação das obras. Inclusive na manutenção da usina, que vai continuar precisando de profissionais depois de instalada”, diz o professor.
As visitas de maio irão subsidiar relatórios de acompanhamento do projeto de engenharia, agregando novas informações ao processo de P&D, e compõem uma etapa importante de preparação da instalação do empreendimento social. O calendário de execução prevê que as obras ocorrerão ao longo do segundo semestre de 2022, e serão acompanhadas pelas comunidades através de atividades de formação e divulgação para participação social.
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