Mais de 300 pessoas atingidas, residentes das cidades Mário Campos, São Joaquim de Bicas, Betim, Igarapé e Juatuba, foram entrevistadas durante um estudo da consultoria especializada em saúde, contratada pela Aedas para fazer o levantamento das necessidades emergenciais de saúde física e mental nas comunidades. A consultoria da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e do Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Coletiva (CEPESC) realizou o levantamento a partir do empenho das atingidas e dos atingidos que participaram dos espaços de diálogos coletivos e individuais.

Além das pessoas atingidas, o estudo ouviu também 76 profissionais da saúde e da educação que atuam nos territórios atingidos e realizou 38 espaços coletivos, chamados de “Saúde na Roda”, para conversar com as comunidades, com as mulheres atingidas e com os Povos e Comunidades de Tradição Religiosa Ancestral de Matriz Africana (PCTRAMA).

OS PRÓXIMOS PASSOS

Após a etapa de entrevistas e da realização dos espaços chamados de “Saúde na Roda”, a consultoria de saúde se dedica a analisar os dados levantados para produzir o documento final com todos os danos encontrados. De agora em diante, a equipe especializada da consultora não irá mais fazer contato com as pessoas atingidas.

O documento elaborado pela consultoria é fundamental para a luta pela reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem da Vale e para subsidiar o processo judicial. Ele vai compor a Matriz de Danos, que está sendo construída pela Aedas e pode ser usado como prova para reconhecimento dos danos à saúde.

Ao ser finalizado, o documento será compartilhado com as atingidas e atingidos no grupos de GAAs, pelo WhatsApp, e também no site da Aedas.