Neste 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, a Aedas reconhece a luta das mulheres atingidas da Bacia do Rio Paraopeba pela vida, por uma reparação justa e para conquistar direitos para si e para as suas comunidades. A Aedas compreende que, na nossa sociedade, as mulheres sofrem mais com a desigualdade, a discriminação e a violência e estão em uma situação de maior vulnerabilidade.

Os danos causados pelo rompimento, como o impedimento à socialização e as perdas de espaços de lazer e culturais, afetaram profundamente a saúde física e psicossocial das mulheres. Muitas mulheres relatam que os cuidados com a família e a comunidade foram redobrados, principalmente pelo aumento de doenças físicas e mentais das crianças, jovens e idosos.

Diante dos desafios específicos enfrentados pelas mulheres, a Aedas conta com uma equipe de Monitoramento de Gênero que se dedica a acompanhar as mulheres atingidas e a identificar, junto com elas, como foram impactadas por danos que as atingiram e ainda atingem.

A participação das mulheres é fundamental para que os danos específicos que as mulheres sofrem sejam ouvidos no processo de reparação integral.

Mesmo diante de tantas dificuldades desde o rompimento, as mulheres seguem cumprindo um papel fundamental, promovendo o cuidado e sustento de suas famílias e, além disso, protagonizando os processos de luta pela reparação integral na Bacia do Paraopeba e Represa de Três Marias.

São mulheres que, em suas diversidades geracionais, étnico-raciais e socioeconômicas, se unem na luta por direitos, por reparação e pela vida. Nos espaços presenciais e virtuais de participação e construção coletiva organizados pela Aedas, a presença das mulheres tem sido massiva, mostrando seu comprometimento e sua força.


Este conteúdo faz parte do jornal Vozes do Paraopeba edição 4

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