Povos e Comunidades de Tradição Religiosa de Matriz Ancestral destacam danos e demandas em cartilha

“Somos descendentes dos povos africanos, assim como indígenas. Vivemos da natureza, se acaba a natureza, a gente acaba, nós que temos essa alegria de descendência africana, somos parte da natureza. Na medida que vamos destruindo a natureza vamos nos destruindo. Para isso a partir de então precisamos compreender bem as necessidades dos povos tradicionais, da necessidade de quanto é imperativo a presença da natureza na nossa vida. É nossa própria vida”, destaca Seji Danjy no caderno temático construído junto aos “Povos e Comunidades de Tradição Religiosa de Matriz Ancestral” (PCTRAMA) no Vale do Médio Paraopeba.
O material temático lançado nesta semana reúne informações sobre o trabalho da assessoria técnica independente da Aedas (Associação Estadual de Defesa Social e Ambiental) com os povos e comunidades da Região 2, assim como a legislação nacional e internacional sobre a garantia de direitos relacionados ao Patrimônio Cultural, às Manifestações Culturais e aos Povos e Comunidades Tradicionais.
O caderno temático também apresenta o processo de construção do diálogo entre a Aedas e os PCTRAMA, na condição de atingidos pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, destacando a sua visão sobre desastre sociotecnológico assim como seus danos e demandas para a reparação integral de suas práticas cotidianas, culturais e religiosas.
O impacto da devastação ambiental, com destaque para a contaminação do Rio Paraopeba, não só alterou as relações estabelecidas nas comunidades – como os encontros, os festejos e o exercício da fé, mas feriu os princípios cosmológicos das comunidades.
Mais informações podem ser acessadas na cartilha já disponível para download. Clique no link abaixo e confira.