Recomendações para o período após as cheias na Bacia do Rio Paraopeba

Passada as chuvas intensas e a inundação, o momento exige continuarmos em alerta. Junto com a limpeza das ruas e casas, é importante a preocupação com os sinais que continuam aparecendo. São muitos deles, desde a água e lama contaminada, o lixo acumulado, animais mortos, o abastecimento de água potável comprometido, doenças, a situação emocional de todos e todas. As casas que ficaram prejudicadas, as avarias e as encostas frágeis devem deixar todos com atenção redobrada e acompanhando as orientações da Defesa Civil.
Ao retornar às casas e regiões, que por dias estiveram invadidas pelas águas, estão expostas aos riscos, tanto na parte de saúde, como na parte de acidentes com energia elétrica, entre outros problemas estruturais. A grande rede de solidariedades de vizinhos e voluntários deve praticar ações em segurança. O momento é de preservar a vida de todas as pessoas atingidas.
A Aedas vem monitorando a situação de todas as comunidades e famílias nos territórios que assessoramos e realizando ações e encaminhamentos para garantia da integridade, informações confiáveis e medidas emergenciais .
Clique aqui, para saber as Atualizações sobre o Programa de Transferência de Renda (PTR)
Clique aqui para saber como e onde ajudar as pessoas atingidas pela chuva e pelo rompimento. Clique aqui para saber os telefones úteis, se estiver precisando de ajuda.
Abaixo você confere todas as orientações para esse período pós-chuva:
ENUMERAMOS ALGUMAS DICAS ÚTEIS QUE PODEM CONTINUAR A CONTRIBUIR PARA SALVAR VIDAS:
– Só volte para a casa se for autorizado pela Defesa Civil de seu município.
– A limpeza da casa deve acontecer depois de avaliação da Defesa Civil liberando o retorno dos moradores.
– Antes de retornar para a casa solicite à Defesa Civil o laudo técnico que demonstre os riscos da ocupação para a integridade física da sua família, como estabelece a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.
– Em caso de surgimento de trincas em paredes ou no chão deixe o imóvel, pois há risco de deslizamento de terras em várias regiões. Paredes e muros podem perder a estabilidade.
– Fique sempre atento aos sinais de desmoronamento de encostas, cercas, postes e árvores inclinadas, deslizamentos e novas enchentes, pois o período de chuvas se estende até março.
– Crianças não podem brincar nos entulhos ou em áreas fragilizadas como nas construções precárias, nas encostas e margens dos rios.
– No caso de fossas, redobrar atenção para a situação do equipamento pois podem ocorrer desmoronamentos ou vazamentos.
SEMPRE SIGA AS RECOMENDAÇÕES DAS AUTORIDADES:
Lembre-se que as águas de enchentes podem estar contaminadas com esgoto e outros elementos. É importante destacar que após o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, o IGAM atesta que as águas do Rio Paraopeba não estão próprias para uso e consumo devido a presença de rejeitos de mineração.
– Siga as instruções dos órgãos públicos sobre a limpeza e consumo de água e alimentos.
– Não consuma alimentos que tiveram contato com água da enchente.
– Não utilize água de poços artesianos, caçambas e outros pontos que não foram liberados para consumo pelas autoridades de saúde.
– Qualquer mal-estar, coceira ou outro sintoma procure uma Unidade de Saúde.
– Durante a limpeza das casas utilize luvas, botas e máscaras para evitar o contato direto com a água, lama e poeira das áreas que foram inundadas.
– Para limpeza e desinfecção de objetos, móveis e utensílios:
A. Lavar antes com água e sabão
B. Utilizar uma solução de água com água sanitária nas seguintes proporções:
- 1 litro de água 1 colher de sopa de água sanitária
- 5 litros de água para 5 colheres de sopa de água sanitária
- 25 litros de água para 1 copo água sanitária
- 50 litros de água para 2 copos água sanitária
– Animais mortos devem ser retirados do interior das casas, terrenos e depositados junto com o lixo comum.
– Não deposite o lixo em quintais, lotes vagos, bueiros, bocas de lobo, encostas ou nas margens do rio.
– Os objetos perdidos e estragados devem ser amontoados em locais de livre acesso para a prefeitura e os serviços de limpeza urbana recolherem em segurança.
– O lixo acumulado atrai animais oportunistas como cobras, roedores, urubus, baratas, escorpiões, formigas ou mosquitos.
A CEMIG TEM RECOMENDAÇÕES QUE DEVEM SER SEGUIDAS:
– Depois que as águas baixarem, ao retornar para a casa que foi alagada, é necessário verificar se a energia está, de fato, desligada. Os disjuntores de energia devem ser conferidos.
– Jamais tente desligar ou religar a energia da rede elétrica da Cemig por conta própria.
– Tenha preocupações ao tocar em aparelhos elétricos com as mãos ou os pés úmidos.
– Não tente carregar aparelhos móveis como celulares e tabletes em locais úmidos.
– Se houver a necessidade de utilizar o telefone durante as tempestades, a melhor opção é o aparelho sem fio ou o celular, desde que o mesmo não esteja conectado na tomada.
– Não encoste em postes ou estruturas elétricas para se proteger das inundações.
– Evite a permanência em lajes altas ou locais descampados, onde é mais comum a queda de raios.
– Fique atento a fiação que pode estar solta, submersa na lama ou presa em resíduos.
– Continue não utilizando árvores como abrigo.
– Não use equipamentos elétricos molhados ou que estiveram em locais inundados, pois há risco de choque elétrico e curto-circuito.
FIQUE ATENTO(A):
O FGTS disponibiliza o Saque Calamidade – direito do trabalhador de sacar o saldo da sua conta por necessidade pessoal, decorrente de desastre natural que tenha atingido sua moradia. É possível solicitar o saque pelo aplicativo APP FGTS ou agências da CAIXA.
O Auxílio Moradia é um benefício financeiro e mensal destinado ao pagamento de aluguel de imóvel para famílias em situação de vulnerabilidade e/ou de risco pessoal e social. O benefício pode ser solicitado no CRAS´- Centro de Referência de Assistência Social do seu município, e é importante levar documentos pessoais e o NIS – Número de Identificação Social.