O educar em território atingido; confira a entrevista com professoras das regiões 1 e 2
A campanha “Um Rompimento – quantos direitos atingidos?” segue trazendo uma série de entrevistas para evidenciar e fortalecer os direitos das pessoas atingidas na sua diversidade, sensibilizar a sociedade para a luta por esses direitos e apoiar as pessoas que passam por processos de violência de qualquer natureza.
Para o vídeo “O educar em território atingido”, a Aedas – Paraopeba realizou entrevistas com as professoras Zélia Conceição, de Brumadinho (R1) e Isabel Oliveira, de São Joaquim de Bicas (R2) para falarem sobre os impactos do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão na educação dos territórios atingidos em que a Aedas atua.
Passados quase 4 anos do desastre-crime, as educadoras contam como tem sido exercer a profissão dentro de um contexto de cidade minerária.
Assista ao vídeo “O educar em território atingido”
Os espaços educacionais, para além do ensinar e do aprender, são ambientes de acolhimento e manifestações de sentimentos. Neles, as/os alunas/os, professoras/es e funcionárias/os trazem demandas e problemas ocasionados pelas fraturas sociais, sobretudo em um contexto de atingimento por barragem, que potencializou e vem potencializando essas fraturas.
Reparação integral é também pensar na reparação dos quintais-escolas
Percebemos, a partir do conteúdo trazido pelas professoras, que os danos causados pelo rompimento afetaram diretamente a realidade educacional dos munícipios e seus métodos de ensino-aprendizagem.

Zélia Conceição, professora do ensino fundamental em Brumadinho, ressaltou a importância da valorização e da luta do/a professor/a na sociedade.
“A gente precisa caminhar muito, tanto na valorização salarial, quanto na valorização do professor que está ali atuando com os/as meninos/as. Escola não é só o conhecimento do livro, é a vivência, a gente trabalha vivência o tempo todo. De tudo aquilo que eles [os alunos] vão se tornar na sociedade, eles estão passando ali pela educação. A sociedade tem que enxergar a escola com um olhar diferenciado. Escola não pode ser só depósito de alunos”.
Acesse aos outros vídeos, produtos e matérias na página que foi elaborada especialmente para a campanha “Um Rompimento – quantos direitos atingidos?
Um rompimento: quantos direitos atingidos? – Aedas (aedasmg.org)