A Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), assessoria técnica independente que atua nas regiões 01 e 02 da Bacia do Paraopeba, presta sua solidariedade aos familiares e entes queridos de Juliana Silva e das outras nove vítimas ainda não encontradas, soterradas pelo rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em janeiro de 2019.

Na tarde da última terça-feira, 24 de agosto de 2021, 942 dias após o desastre sociotecnológico, o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais informou que foi encontrada uma pessoa, na região do Remanso 1, próximo à comunidade de Córrego do Feijão. Já no final do dia 25 de agosto, foi identificado que a pessoa encontrada é Juliana Creizimar Resende Silva, mãe de gêmeos, que trabalhava na mineradora há mais de dez anos.
Também reiteramos nossa solidariedade aos familiares de vítimas e pessoas atingidas pelo rompimento, que realizam há dois anos e sete meses, todos os dias 25 de cada mês, um ato em honra e memória das vítimas e jóias ainda não encontradas. Foram 272 jóias retiradas cruelmente do convívio de suas famílias e que não podem ser esquecidas.
Neste dia 25 de agosto, familiares estiveram reunidos, mais uma vez, na entrada da cidade de Brumadinho, clamando pela continuidade da luta por justiça e fazendo saudações ao “encontro” do dia anterior, o encontro de mais uma joia.
Na ocasião, a Associação dos Familiares de Vítimas e Atingidos do rompimento da Barragem Mina Córrego Feijão em Brumadinho (Avabrum), também organizadora do ato, reafirmou que a Comissão dos Não Encontrados segue na luta pelas nove joias até que todas sejam encontradas, porque o dia 25 de janeiro de 2019 ainda não acabou. Durante o ato, os presentes falaram da economia de morte promovida pela mineração e, ainda, que a Vale possui as mãos sujas de sangue e segue livre.
A Aedas continua acompanhando as pessoas e comunidades atingidas neste caminho em direção à reparação integral, bem como o processo judicial e o Termo de Reparação assinado entre instituições de justiça, a empresa poluidora pagadora e o Estado; a fim de reforçar a participação e o levantamento de informações junto às pessoas atingidas.