
É com imensa indignação que a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas) vem a público repudiar mais um crime de feminicídio ocorrido na segunda-feira, 8 de abril, no bairro de Satélite, município de Juatuba, localizado na Região 02 dos municípios atingidos pelo desastre-crime cometido pela empresa Vale S.A., na Bacia do Paraopeba.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que, em 2023, foram contabilizados 183 feminicídios em Minas Gerais. Os números colocam o estado na segunda posição da lista de ocorrências nacional.
Diante desse cenário, a Comissão de Atingidas de Juatuba tem desde o início do processo de reparação denunciado a insegurança e altas taxas de violência contra a mulher no município e cobrado medidas que garantam a proteção e acesso à justiça.
É importante lembrar que o feminicídio é caracterizado como o assassinato de uma mulher em razão de sua condição de gênero, portanto, é um crime misógino e excepcionalmente brutal, muitas vezes seguido da impunidade dos agressores. Nesse sentido, a violência é utilizada como uma ferramenta de controle da vida, corpo e sexualidade das mulheres.
Diante de tamanha atrocidade, violência e desrespeito à dignidade da pessoa humana expressamos a nossa solidariedade aos familiares, amigos e amigas de Andreia Julião de Lima e nos somamos as vozes que clamam por justiça.
Reafirmamos nosso compromisso de lutar por territórios sem violência, justiça, liberdade e direitos para as mulheres.
Andreia, presente!