A Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas) presta solidariedade aos familiares e amigos da vítima Olímpio Gomes Pinto. Olímpio tinha 56 anos e é uma das vítimas fatais do rompimento da barragem da Vale no Córrego do Feijão, em Brumadinho, que tirou a vida de 272 pessoas no dia 25 de janeiro de 2019. Ele foi identificado na manhã desta terça-feira (7), através dos trabalhos da Polícia Civil de Minas Gerais.

Foto montagem: Aedas com imagem de arquivo pessoal da família de Olímpio.

Olímpio era natural de Belo Horizonte e morava em Caeté, na região metropolitana. Trabalhava há cinco anos como auxiliar de sondagem numa empresa que prestava serviço terceirizado para a mineradora Vale, quando, em janeiro de 2019, teve a vida interrompida.

Ele deixou a esposa, com quem era casado havia mais de 30 anos, e três filhos. Nesta terça, a Aedas fez contato com um dos filhos, Leo Jhones Gomes Pinto, que criticou a forma como o Instituto Médico Legal (IML) divulgou as informações sobre o pai. “Recebemos a informação pela imprensa por volta das 6h, antes do laudo oficial ser divulgado pelo IML, e só tivemos a confirmação oficial do IML às 9h30. Foi um desrespeito”, contou Leo.

Em nome da família de Olímpio, o filho Leo destacou que a confirmação é triste, mas “a ansiedade e a angústia de ficar todos os dias esperando uma notícia hoje chegam ao fim.”

A Aedas presta solidariedade aos familiares e amigos de Olímpio Gomes Pinto e às demais famílias que aguardam o encontro de suas joias.

As seguintes pessoas ainda não foram encontradas:

CRISTIANE ANTUNES CAMPOS
MARIA DE LURDES DA COSTA BUENO
NATHALIA DE OLIVEIRA PORTO ARAUJO
TIAGO TADEU MENDES DA SILVA

Por que não “desaparecidos”?


A expressão “não encontrados” é usada pelos familiares que já não consideram que seus entes estejam desaparecidos.

“A partir do momento que começamos a ter esse entendimento, começamos a primeira mudança: nós não nos referíamos aos nossos entes queridos como desaparecidos, desaparecidos é quem a gente não sabe onde eles estão. Mas os nossos familiares, nós sabíamos, que eles tinham saído de casa para mais um dia de trabalho, eles não estavam desaparecidos, eles estavam lá, no Córrego do Feijão. A gente precisava apenas que eles fossem encontrados”, explicou Natália de Oliveira, familiar de vítima fatal e membro da Comissão dos Não Encontrados.