Resgatar as memórias e tradições de um território é como dar uma nova vida a essas práticas, fortalecendo os laços e promovendo a multiplicação das histórias e costumes. E é isso que o Grupo Temático de Atividades Culturais e Educacionais II tem feito nas reuniões para construir o plano popular das medidas de reparação coletiva: Fomento de ensino da arte, Escrita literária e Fomento às celebrações e festividades.  

Na quarta, 26 de novembro, uma jovem atingida participante do GT e a equipe técnica da Aedas visitaram o ateliê do Congadeiro Nivaldo Nicolau, mais conhecido como “Doca”, em Divinópolis. Nivaldo é mestre em cultura popular, capitão da guarda Moçambique e Nossa Senhora do Rosario da cidade de Carmo do Cajuru. Durante a visita, Doca contou histórias e vivências das tradições culturais e familiares que perpetuam em sua profissão. 

De acordo com a equipe técnica da Aedas, o objetivo da visita foi entender como funciona uma oficina de fabricação de tambores: quais insumos são necessários, qual o valor da mão de obra, como deve ser o espaço para ofertar a oficina, entre outras informações. Tudo isso porque, durante o GT – Atividades Culturais e Educacionais II, surgiu a proposta de implementar uma oficina de tambor que, segundo as pessoas atingidas, além de ensinar uma arte e um ofício, também irá resgatar histórias, memórias e, principalmente, evitar que essa tradição se perca com o tempo. O objetivo é incentivar as pessoas atingidas, especialmente os jovens, a participarem das festividades tradicionais das comunidades. 

A equipe técnica da Aedas, junto com a jovem atingida, irá apresentar para o GT as informações colhidas durante a visita e aprofundar nas discussões sobre a possibilidade de uma oficina de tambor.  

O Grupo Temático de Atividades Culturais e Educacionais II se reúne às quintas-feiras e estão discutindo, atualmente, 3 medidas de reparação coletiva. A entrega deste Plano Popular está prevista para fevereiro de 2026.