Maria Cecília e a esperança por um mundo mais bonito
25 de abril de 2023
Histórias Atingidas traz histórias de meninas, seus sonhos e jornadas
Maria Cecília mora com sua mãe, pai, dois irmãos e um primo. Está no quinto ano e tem o sonho de ser médica. Em seus tempos livres, Maria gosta de andar de bicicleta, fotografar as paisagens ao seu redor, brincar com terra e fazer “comidinhas” com ela, imaginando ter uma vendinha.
No quintal de sua casa há uma horta com couve, alface, menta, pimentinhas, coentro, mostarda, jiló, cenoura e beterraba. “Eu ajudo a regar a horta”, enfatiza. E, acrescenta que: “A natureza é vida, se ficar sem ela, o mundo acaba, então, cuidem dela. Eu gostaria também que arassem as brigas no mundo e que tivesse menos poluição e lixo nas ruas.”
Maria Cecília com adesivo do eixo “Direito à Infância e Juventude”, da campanha da Aedas. Foto: Felipe Cunha/Aedas
No seu bairro, Maria Cecília queria que tivesse um parquinho. “Faz muita falta aqui no bairro, porque aqui é muito solitário e não tem muito o que fazer”. Antes do rompimento, ela e sua família desciam para fazer piquenique na beira do rio Paraopeba. Hoje, devido ao comprometimento das águas e do solo, não tem mais essa segurança. “Ficamos com saudade de ir lá”.
“Que elas corram atrás de seus sonhos e que aprendam muitas coisas, pois no mundo há muitos lugares para as mulheres”
Foto: Felipe Cunha/AedasFoto: Felipe Cunha/AedasFoto: Felipe Cunha/Aedas
Maria Cecília estudou o Dia das Mulheres na escola e para ela, o dia reforça que “tem que respeitar todas as meninas; elas são muito importantes para o planeta. É importante ter essa data para lembrar o quanto as mulheres são guerreiras e fortes”.
O recado que ela deixa para todas as meninas é que “elas corram atrás de seus sonhos e que aprendam muitas coisas, pois no mundo há muitos lugares para as mulheres”. Aprendeu em seriados que mulheres podem dirigir caminhão ou serem mecânicas se quiserem, “as mulheres podem trabalhar e serem o que elas quiserem. Tem que ter liberdade”.
Ainda assim, Maria Cecília prefere brincar com meninas na escola porque, segundo ela, “as meninas são mais fáceis de compreender na hora de falar, pois os meninos pensam em muitas bobagens”.
Foto: Felipe Cunha/AedasFoto: Felipe Cunha/AedasFoto: Felipe Cunha/Aedas