Histórias Atingidas traz histórias de meninas, seus sonhos e jornadas

Alice Jolie mora com sua mãe e irmão. Está no quinto ano e já sonha em ser cientista na área de robótica que, para ela: “é para melhorar o
mundo com as tecnologias”. Para Alice, não há diferenças nas brincadeiras entre meninas e meninos: “na escola, todos pulam corda, jogam futebol”.
Alice também faz jiu-jitsu, aula de violão, gosta de desenhar, andar de bicicleta, brincar na casa de árvore de sua tia e jogar videogame com
seu irmão, com quem também divide igualmente pequenas tarefas domésticas.





Alice aprendeu que o dia das mulheres é uma data que visibiliza a luta das meninas e diz que “é importante ter essa data para relembrar tudo que as mulheres já conquistaram. Antigamente, as mulheres não podiam dirigir e nem trabalhar e, hoje, elas podem fazer tudo isso. No mundo não existem regras dizendo que meninas não podem ser piloto de avião ou piloto de kart, elas podem ser o que elas quiserem”.
“No mundo não existem regras dizendo que meninas não podem ser piloto de avião ou piloto de kart, elas podem ser o que elas quiserem”.

Alice também gosta de ler histórias com meninas sendo as personagens principais e cita dois livros: “Ninguém é pequeno demais para fazer a diferença”, onde narra a história de uma menina que começou a protestar em defesa do meio ambiente e “Grandes Mulheres que fizeram maravilhas”, que conta a jornada de uma mulher cientista que ajudou o homem a pisar na lua.





Desde criança, inspirada em meninas, seja dos livros de ficção ou da vida real, Alice já enxerga que algumas coisas podem ser mudadas. Motivada pela luta de sua tia, que perdeu seu único filho no rompimento, fez uma carta de protesto. Ela sempre lê o texto nos atos organizados pela Avabrum no 25 de janeiro de cada ano.

Alice finaliza nosso bate-papo recitando o final da carta que está gravado em sua memória: “Vale assassina, Tuv Sud assassina também. Basta de impunidade. Justiça já!”
Texto e fotos: Felipe Cunha
