O Dia do Rio é celebrado todo dia 24 de novembro, mas quem mora na calha do Rio Paraopeba, desde o rompimento da barragem da Vale, não tem tido motivos para comemorar. O desastre contaminou as águas da Bacia que eram fonte de sustento, lazer e vida. Os danos não foram reparados e as pessoas atingidas convivem com problemas no fornecimento e na qualidade da água.

Para denunciar esse descaso com a população atingida, as três Assessorias Técnicas Independentes (ATIs) que atuam na Bacia do Paraopeba, em conjunto com a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas), que atua como coordenação metodológica no Projeto Paraopeba, coletaram depoimentos de moradores e moradoras das cinco regiões para a produção de um vídeo.

Na produção, comunidades da Bacia do Paraopeba expressam seu sentimento de afeto e a relação de dependência que as pessoas, os animais e as plantas tinham com o rio. Após o desastre da Vale em Brumadinho, mais de 26 municípios vêm sofrendo com a destruição do meio ambiente e de seus modos de vida, mas seguem em luta pela reparação integral.

As ATIs, que reuniram esses depoimentos, apoiam as pessoas atingidas para garantir o direito à participação informada, conquistado pelas pessoas atingidas. Na região 1 e 2, atua a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), na região 3, o Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab), e nas regiões 4 e 5, o Instituto Guaicuy.

Confira o vídeo.