DESMOBILIZAÇÃO: Aedas interrompe atividades no Anexo I.1 e coloca equipe em aviso prévio
Em ofício enviado às IJs e à Entidade Gestora, Aedas informa encerramento do acompanhamento das atividades do Anexo

Sem viabilidade de continuidade, no dia 15 de outubro, a Aedas iniciou a desmobilização da ATI nas Regiões 1 e 2 da Bacia do Paraopeba, colocando a equipe em aviso prévio. A informação foi repassada pela ATI às Comissões de Pessoas Atingidas das Regiões 1 e 2, na quinta-feira (16).
A implementação do Anexo I.1 do Acordo de Reparação, que trata dos projetos voltados às demandas das comunidades atingidas e ao fortalecimento econômico coletivo, sofreu um atraso de 4 anos, e a continuidade da ATI para acompanhamento desse anexo depende de um termo aditivo.
No entanto, o estudo de complementação de recursos – apresentado por CAMF e IJs – mostrou que os valores destinados à Aedas para o acompanhamento do Anexo I.1 eram inexequíveis, o que inviabilizaria a continuidade de sua execução, e por consequência a garantia de condições dignas e igualitárias de participação das Regiões 1 e 2.
No vídeo, Karina Morais, Gerente Geral do Eixo de Diretrizes da Reparação na Aedas Paraopeba, explica melhor o histórico desse processo e os desafios enfrentados para garantir a continuidade do Assessoramento da Aedas e a garantia do Direito à Assessoria Técnica Independente nessas regiões de extrema importância na Bacia do Paraopeba.
Aedas informa oficialmente às Instâncias de participação, as IJs e Entidadade Gestora
Em respeito às lideranças atingidas e ao compromisso com a transparência, o comunicado da desmobilização foi dialogado nas Instâncias Regionais 1 e 2 em reunião conjunta, e na reunião da Instância de Povos e Comunidades Tradicionais de Religião Ancestral de Matriz Africana.
A Aedas enviou ofícios às Instituições de Justiça e à Entidade Gestora do Anexo I.1 informando sobre o encerramento do acompanhamento das atividades relacionadas ao Anexo I.1 nas Regiões 1 e 2.
Seguimos comprometidos com a luta das pessoas atingidas e buscando reverter essa situação.
É fundamental garantir condições dignas de participação, respeitando o protagonismo e a centralidade das pessoas atingidas no processo de reparação.