Acompanhe as notícias que envolvem a Reparação de Danos nas Regiões 1 e 2 da Bacia do Rio Paraopeba

Fotos: Felipe Cunha/Aedas

Julgamento no TJMG vai decidir sobre custeios das ATIs e estudos realizados pela UFMG

Será julgado na quinta-feira (08/08), às 13h30, um dos recursos da mineradora Vale, responsável pelo desastre-crime do rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, que tem como objetivo limitar os recursos e a atuação das Assessorias Técnicas Independentes (ATIs) e impedir o acesso aos resultados de estudos realizados pela UFMG no território da Bacia do Paraopeba.

O recurso a ser julgado foi apresentado pela Vale em 31 de janeiro desse ano e tenta barrar, na segunda instância, uma decisão do juiz, proferida em 24 de novembro de 2023.

O juiz, na ocasião, havia determinado a publicação dos resultados dos estudos da UFMG, como forma de garantir a transparência do que foi produzido nos territórios; decidiu também que as atividades das ATIs deveriam ser custeadas pela Vale em uma ordem de 70% para atividades do Acordo Judicial de Reparação e 30% para as demais demandas que não envolvem as ações do Acordo.

No site da Aedas você encontra um texto explicando cada um dos pontos que estarão em julgamento no próximo dia 8.

Foi prorrogado o prazo da Consulta Pública sobre saúde dos atingidos pela mineração

A avaliação do Protocolo de Assistência à Saúde aos Casos de Exposição a Substâncias Químicas Decorrentes da Atividade Minerária no Âmbito do Sistema Único de Saúde tem uma nova data para encerramento. O período para contribuição ao texto foi prorrogado até o dia 20 de agosto.

A participação das pessoas atingidas por barragens é essencial, pois esse protocolo tem como objetivo oferecer recomendações aos profissionais de saúde sobre as condutas a serem adotadas na avaliação, tratamento, acompanhamento e encaminhamento das pessoas possivelmente expostas às substâncias químicas.

Acesse a página da Consulta Pública.

Liquidação coletiva: Procuradoria de Justiça do MPMG pede que o recurso da Vale não seja acolhido

A Procuradoria de Justiça Especializada na defesa dos Direitos Difusos e Coletivos, do MPMG, atuando como fiscal da lei, apresentou parecer jurídico defendendo a manutenção da decisão pelo procedimento da liquidação coletiva, embasando a justificativa em cinco argumentos que estão detalhados no site da Aedas.

Entre eles estão a defesa da Inversão do Ônus da Prova, que define que caberá à Vale apresentar as provas que sustentem a sua versão toda vez que negar o direito individual de uma pessoa atingida; e defende que existência do Termo de Compromisso, firmado com a Defensoria Pública, não impede a existência de outras formas de garantia dos direitos das pessoas atingidas.

O caso agora segue para julgamento, ainda sem data definida, perante a 19ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais e terá a relatoria do Desembargador André Leite Praça.

Esse boletim é uma produção da equipe de comunicação da Aedas Paraopeba.