Atingidos e atingidas de Itatiaiuçu participam de Grupos de Base presenciais

O mês de abril marcou a volta dos Grupos de Base presenciais com as comunidades atingidas pelo acionamento do PAEBM da ArcelorMittal no município de Itatiaiuçu, depois de quase dois anos de atividades online. Foram realizados mais de 10 encontros presenciais nas comunidades atingidas com o objetivo de tirar dúvidas sobre o processo de reparação como ordem de prioridade nas negociações individuais, compra assistida, entre outras dúvidas. Os principais temas abordados no GB foram: Imposto de Renda, Eleição de Coordenadores(as), Eleições para novos(as) membros(as) da Comissão.
Ainda no Grupo de Base foi discutido sobre o segundo Termo Extraordinário (TE) de acompanhamento da Assessoria Técnica Independente em Itatiaiuçu-MG que foi assinado em Abril. O TE complementa as regras contidas no Termo Complementar ao 2º Aditivo ao Acordo para Disponibilização de Assessoria Técnica Independente no Município de Itatiaiuçu (ou seja, o termo de contratação da Aedas) e reforça regras já estabelecidas como prazos e condições para a continuidade do trabalho, a partir de exigências do Ministério Público.
A atingida Shirley de Souza Ferreira afirmou que o Grupo de Base presencial estava sendo esperado a muito tempo. “Estávamos esperando para voltar pro presencial porque por videochamada é mais complicado, muitos não conseguem falar ou acessar a internet, não sabem mexer direito. Este primeiro GB foi aqui na minha casa, as meninas tinham muitas dúvidas e conseguimos tirar as dúvidas, tinha coisa do processo de reparação que algumas pessoas nem sabiam como estava e o que tinha de fazer, então com o GB presencial conseguimos responder as dúvidas, tivemos um diálogo melhor. Gostei muito do retorno do GB presencial”, reforçou Shirley.
Para a mobilizadora da Aedas, Janaina Mattos, foi uma alegria voltar ao grupos de base presenciais e poder ter o contato olho no olho. “Foi uma alegria imensa reencontrar as atingidas e os atingidos presencialmente depois de quase dois anos sem poder nos ver, sem aquele contato mas de perto”. Janaína também afirmou que os grupos de base foi um momento de ouvir, mais detalhadamente as percepções e críticas das pessoas atingidas. “A gente sabe que no decorrer desses dois anos, devido a pandemia, adotamos a metodologia de realizar as reuniões virtuais, que pra alguns foi um ganho, mas a outros não foi uma metodologia tão boa. Lembro que em um dos encontros onlines, uma atingida desabafou que queria tanto falar, participar mais, mas ela não sabia ligar o microfone do celular e o filho não estava em casa para ajudar. Agora voltar presencialmente possibilita uma maior participação. E garantimos o repasse de informações mais detalhadas e qualificadas e poder sanar as dúvidas das pessoas naquele mesmo momento. Estou feliz em voltar para os Gbs presenciais”, finalizou a mobilizadora.
Os Grupos de Base são espaços de participação, troca e diálogo das comunidades atingidas. Os encontros acontecem uma vez ao mês. Com a pandemia, os GBs passaram a ser realizados por videochamada, entretanto o mês de abril de 2022 marcou a volta presencial dos Grupos de Base.





