A população de Barra Longa (MG), em conjunto com sua Assessoria Técnica Independente (ATI), a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), elaborou um documento, chamado “Matriz de Danos” que identifica cada prejuízo, seja material ou imaterial, e também apresenta os valores dos itens para cálculos de indenização.
A intenção do documento era servir como contraponto à “Matriz de Danos da Fundação Renova”, criticada pelos atingidos e pelas atingidas por não ter sido construída com participação da população e também por subdimensionar os danos provocados pelo rompimento da barragem de Fundão, localizada em Mariana. No entanto, com a judicialização de diversas temáticas centrais para o processo reparatório, os atingidos decidiram apresentar sua construção ao juiz da 12ª Vara Federal, responsável pelo Caso Samarco.
Os atingidos e atingidas ao longo de amplo processo participativo composto por metodologias participativas para levantamento e entendimento dos danos, grupos de base, reuniões da comissão e coordenadores, bem como assembleias, apresentaram judicialmente um instrumento capaz de suprir diversas lacunas do processo reparatório e segue esperando decisão que reconheça as categorias, danos e valores apresentados.
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Para saber mais sobre o processo de Barra Longa e a matriz de danos dos atingidos, veja a cartilha produzida, em versão escrita e em aúdio, e assista ao vídeo produzido pelos atingidos sobre o processo de judicialização.