Nesta quinta-feira (26), a Associação Estadual de Defesa Ambiental e Social (Aedas), escolhida para prestar Assessoria Técnica Independente (ATI) nos municípios de Brumadinho (região 1), Betim, Igarapé, Juatuba, Mário Campos e São Joaquim de Bicas (região 2), participa de uma transmissão ao vivo, a convite do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A live discutirá o possível acordo entre Vale e Governo do Estado de Minas Gerais e também o Programa de Direito a Renda, proposto pelo movimento como medida de mitigação aos danos causados pelo rompimento da barragem em Brumadinho.
Além da Aedas e do MAB, estarão presentes as outras duas ATIs da Bacia do Paraopeba, Nacab e Instituto Guaicuy, assim como pessoas atingidas moradoras da Bacia, Ministério Público Estadual (MPE), Ministério Público Federal (MPF) e Defensoria Pública Estadual (DPE). A live acontece às 18h e será veiculada na página do MAB no Facebook e no Youtube.
Possível acordo entre Vale e Governo
Uma possibilidade de acordo está sendo discutida entre a mineradora Vale, o Governo do Estado de Minas Gerais e as Instituições de Justiça (IJs). Na semana anterior, uma audiência judicial marcada em 17 de novembro foi alvo de protesto por pessoas atingidas pelo rompimento, que reivindicavam mais participação na negociação. Com a pressão realizada, nenhum acordo foi fechado.
A próxima audiência para discussão deste acordo será realizada no dia 9 de dezembro, às 14h. As Instituições de Justiça solicitaram que estejam presentes pelo menos dois representantes de atingidos de cada região e também que sejam acompanhadas pelas ATIs.
Programa Direito a Renda
Nesta semana, a Aedas entrevistou Santiago Matos, da coordenação estadual do MAB, para falar sobre o Programa Direito a Renda. A proposta de criação do Programa possui foco na população de baixa renda. A ideia é garantir a continuidade do pagamento emergencial integral para os atingidos e as atingidas pelos próximos cinco anos e o aumento da abrangência ao longo da Bacia do Rio Paraopeba. Com isso, há o objetivo de melhorar as condições de vida das pessoas atingidas, garantindo dignidade a elas, para que possam participar efetivamente do processo de reparação coletiva. Além disso, haveria ganhos para a economia local.
Para saber mais, clique aqui.

