Segurança virtual: material destaca quais principais golpes e como se proteger
Veja algumas dicas e saiba como evitar ser uma vítima dos golpes virtuais

A internet tem se tornado uma ferramenta essencial para o nosso dia a dia e estamos cada vez mais dependentes da praticidade que a internet nos fornece, no entanto, é preciso manter a atenção e o cuidado, tendo em vista o nosso aumento no uso da internet, aumenta também a criatividade dos criminosos que se aproveitam para realizarem os seus crimes.
Devido ao aumento tentativas de golpes virtuais nas comunidades atingidas, a Aedas apresenta os principais crimes e golpes e apresenta algumas dicas de segurança.
O roubo de informações no ambiente online para prática de golpes tem se intensificado nos últimos anos e está tão presente em nosso cotidiano que ganhou um nome, “phishing”. Esse é um termo que vem do inglês e faz alusão à pesca. No universo dos golpes, se tornou conhecido pois é exatamente o que o golpista faz: lança a isca e espera a vítima cair.
Mas, afinal, o que são golpes virtuais?
Golpes virtuais são crimes praticados através da internet, sobretudo com o objetivo de ganhar dinheiro, seja de forma imediata, roubando diretamente de contas bancárias, seja através do uso de dados para enganar a vítima.
As pessoas que cometem esses crimes podem coletar informações diretamente, enviam links falsos de algum site que você confia e está acostumada a usar para instalar vírus e aplicativos nos dispositivos que façam essa atividade em outro momento.
Quais são os tipos de golpes virtuais da atualidade?
Entre os mais praticados atualmente estão:
- Clonagem do WhatsApp.
- Golpe do Pix.
- Páginas Web falsas.
- Boleto falso.
- Golpe do parente que quebrou o carro.
- Golpe do falso empréstimo.
- Golpe do falso sequestro.
- Golpe do depósito com envelope vazio.
- Golpe do auxílio Emergencial.
- Golpe do Renda-Extra.
- Golpe do Sorteio/Premiação.
CLONAGEM DO WHATSAPP

Infelizmente, o golpe de clonagem do WhatsApp é quase um clássico no mundo dos crimes digitais. Os criminosos têm diversos meios de conseguir o número da vítima.
De modo geral, o criminoso envia uma mensagem com alguma oferta “imperdível” que, para ser ativada, solicita um código de 6 dígitos (que, é o código de acesso ao seu WhatsApp!). Com essa informação, ele clona o WhatsApp da pessoa, bloqueia o acesso ao aplicativo e entra em contato com a lista de contatos da vítima solicitando transferência de valores.
DICA AEDAS:
Para sua segurança habilite a “confirmação em duas etapas” do WhatsApp. Para isso, clique em “Configurações/Ajustes”, depois clique em “Conta” e depois em “confirmação em duas etapas”; habilitar senha de 6 dígitos numéricos. Jamais envie para qualquer pessoa o código de 6 números que chegar por SMS.
Caso já tenha enviado esse código para alguma pessoa envie um e-mail para: support@whatsapp.com pedindo a desativação temporária de sua conta do WhatsApp, explicando o que ocorreu, bem como o seu número de WhatsApp (exemplo: +55-51-9XXXX-XXXX); posteriormente, após receber o e-mail do WhatsApp no prazo de 30 dias, configure-o com o seu número de celular.
ALERTA:
A Aedas jamais pedirá qualquer transferência de valor para qualquer pessoa. Mesmo que você receba uma mensagem de algum familiar ou amigo próximo, desconfie! Provavelmente o WhatsApp dessa pessoa foi invadido!
GOLPE DO PIX

A estratégia varia um pouco, no entanto o mais comum é o criminoso se passar por representante de alguma instituição e em seguida solicita alguma contribuição em dinheiro. Por exemplo: um invasor finge ser uma mobilizadora da Aedas, entra em contato para ajudar com alguma questão do processo de reparação e, após terem se apresentado, iniciam os pedidos de dinheiro.
DICA AEDAS:
Caso você receba uma mensagem de algum contato seu solicitando empréstimo de dinheiro ou depósito em uma determinada conta, verifique diretamente com a pessoa, através de chamada de vídeo, para ter certeza da veracidade desta solicitação. Verifique se o nome, CPF e agência bancária são os dados da pessoa que você conhece antes de qualquer confirmação de depósito. Se a pessoa não for quem diz ser, denuncie o número, faça o bloqueio imediato do contato e avise a outras pessoas para evitar que alguém caia no golpe.
PÁGINAS WEB FALSAS

Por algum meio de comunicação digital, como e-mail ou mensagem de texto, um link é enviado com ofertas incríveis de uma grande marca, a exemplo de descontos e brindes. No entanto, a página web é falsa, criada especialmente para coletar informações das vítimas para, posteriormente, usar esses dados para transações financeiras, compras e afins. Este golpe costuma ter maior incidência em datas comemorativas e promocionais, por exemplo, a Black Friday.
DICA AEDAS:
Observe com cuidado toda a página do site. Pesquise a reputação da empresa em que pretende efetuar a compra. Pesquise em outros sites o mesmo produto para comparar preços. Ligue para a loja a fim de confirmar o valor da oferta.
BOLETO FALSO

Neste crime, os golpistas criam boletos falsos idênticos aos verdadeiros, no entanto, o código de barras envia o valor pago para as suas próprias contas e não para a da empresa que deveria ser a emissora do documento de cobrança. Na grande maioria desses casos, a origem da compra se dá em um site ‘falso’, criado para enganar as vítimas que ficam no prejuízo.
DICA AEDAS:
Verifique sempre os dados do destinatário do boleto emitido. Antes de confirmar a transação ou pagamento, verifique se os dados do beneficiário conferem com os dados da loja/empresa. Caso queira emitir uma 2ª via de algum boleto, procure o site oficial do credor e verifique os dados do boleto emitido.
GOLPE DO PARENTE QUE QUEBROU O CARRO

O golpista liga aleatoriamente para a vítima. Dependendo de quem atende, homem ou mulher, ele responde: “oi tio/tia, sabe quem está falando?”, caso a vítima diga um nome, achando ser algum sobrinho ou parente distante, já deu para o golpista o que ele queria. Algumas vezes a vítima fala que não se recorda e o golpista usa do artifício “nossa, não lembra mais de mim”. A vítima, constrangida, acaba dando continuidade e ao diálogo e se sujeitando ao que o golpista quer. Com isso, ele conta uma história que seu carro quebrou e que precisa de ajuda, solicitando que a vítima faça uma transferência para determinada conta que ele pode dizer que é do mecânico, da ferragem, ou da borracharia, para pagar o conserto do carro.
DICA AEDAS:
Não faça transferências para terceiros, mesmo que a voz pareça se alguém conhecido. Desligue o telefone e faça contato com o familiar/amigo que você achava estar falando. Caso a pessoa esteja realmente em apuros, você ainda poderá ajudá-lo da maneira correta.
GOLPE DO FALSO EMPRÉSTIMO

Os golpistas fazem anúncios em sites, redes sociais ou até mesmo ofertas pelo WhatsApp. A oferta é bem tentadora: crédito fácil e rápido, juros mais baixos do que aqueles operados por Instituições Financeiras, possibilidade de pagar em diversas parcelas, sem consulta ao SPC/Serasa etc.
Onde entra o golpe?
Eles alegam que para que o crédito seja liberado para a vítima, é necessário que ela pague uma taxa. Os golpistas usam diversas alegações, seja taxa de abertura de crédito, taxa exigida pelo Banco Central, seguro de crédito…
DICA AEDAS:
Este golpe é facilmente identificado com a exigência de um depósito antecipado para a liberação do crédito. Lembre-se: Instituições Bancárias e Financeiras nunca solicitam depósito prévio. Você toma o dinheiro antes e paga depois. Desconfie sempre e, na dúvida, entre em contato diretamente com o seu banco para verificar.
GOLPE DO FALSO SEQUESTRO

O golpista liga de maneira aleatória para diversos números. A vítima atende e alguém grita pedindo socorro, chorando no fundo da ligação, como se estivesse em perigo precisando de ajuda. A vítima ao ouvir essa situação entra em desespero e fala o nome de algum parente ou alguém próximo e com isso, o bandido consegue a informação que ele precisava para fazer a vítima acreditar que se trata de um sequestro de verdade. No desespero, a vítima não percebe que ela que forneceu o nome para que o bandido a mantivesse na linha até conseguir a transferência bancária para o golpista.
DICA AEDAS:
Tente manter a calma. Desligue o telefone e faça contato com o familiar supostamente teria sido sequestrado. Caso tenha receio de desligar, acreditando ser verdadeiro o sequestro, peça para alguém próximo (um familiar ou vizinho) que faça contato com a suposta vítima do sequestro para saber se está tudo bem.
GOLPE DO DEPÓSITO COM ENVELOPE VAZIO

Acontece geralmente quando a vítima faz anúncio para venda de algum produto e após a negociação o golpista encaminha foto do comprovante de depósito e a vítima confirma o recebimento em consulta à sua conta pelo aplicativo do banco. Como a verificação bancária do depósito demora algumas horas ou, às vezes, só é realizada no próximo dia útil, o valor fica aparecendo como depositado até que se verifique que o depósito não foi efetivado.
DICA AEDAS:
Quando realizada uma negociação pela internet, aguarde sempre a compensação do depósito bancário. É bom esperar o próximo dia útil para que haja a confirmação da entrada do dinheiro na conta.
GOLPE DO AUXÍLIO EMERGENCIAL

Por meio de uma mensagem, o golpista afirmando para a vítima que ela se enquadra no perfil para receber benefícios do Governo, em valores que variam entre R$600,00 e R$1.200,00. O golpista vai alegar que para ter acesso ao dinheiro, bastaria fazer um cadastro por meio do link informado na mensagem. Aí que está a armadilha! Nesse link, a vítima deve informar dados pessoais, como CPF, endereço, número da conta bancária e senha. O problema é que, a partir dessas informações, o criminoso efetua diversos golpes, como abrir contas em bancos virtuais e solicitar cartões de crédito ou mesmo abrir uma empresa fantasma em nome da vítima.
DICA AEDAS:
Sempre desconfie e evite links enviados por WhatsApp, ainda mais quando estiverem associados a mensagens imediatistas, como “acesso somente nas próximas horas”, “último dia para o saque”, “o benefício se encerra hoje”. Órgãos do Governo Federal não solicitam dados pessoais por meio de mensagens. Nunca preencha formulários com informações pessoais, principalmente CPF e dados bancários. Verifique junto ao site do Governo Federal a veracidade da informação, ligue ou dirija-se a uma agência da Caixa Econômica Federal, Secretaria de Assistência Social. Se o benefício realmente existir, esses órgãos vão fornecer informações inseguras.
As demais situações podem ser evitadas com práticas como:
- Não forneça seus dados pessoais (como nome completo, CPF, RG, endereço, número da conta bancária e senha) para estranhos, em ligações telefônicas, na rua mensagens SMS, WhatsApp.
- Não transfira dinheiro sem antes ter certeza de que você está falando com a pessoa certa. Uma alternativa é fazer uma chamada de vídeo para confirma.
- Desconfie sempre de ofertas de produtos com preços abaixo dos praticados em mercado.
- Desconfie quando alguém ligar, se apresentando como o/a funcionário(a) do banco no qual você tem conta, solicitando dados pessoais e informando que alguém passará na sua casa para recolher seu cartão – mesmo que peça para você cortar seu cartão ao meio, se o chip estiver intacto e/ou o número visível, os golpistas poderão utilizar seu cartão.
- Em caso de dúvida, procure sempre alguém de sua confiança e peça ajuda.
- Se você sabe de alguém que pode estar praticando algum destes golpes, denuncie pelo 197 ou procure a Delegacia de Polícia mais próxima.
Mas, se mesmo com todos esses cuidados, você for vítima de um desses crimes, as providências seguintes a serem adotadas são:
- Colete evidências que ajude a provar que foi um golpe, a exemplo de prints de telas.
- Registre essas provas digitais em um cartório.
- Faça um Boletim de Ocorrência em uma delegacia da Polícia Civil.
- Entre em contato com a Delegacia de Repressão aos Crimes Informáticos (DRCI).
No mais, a Aedas está sempre de portas abertas para orientar em situações como essa. Caso as ocorra, escreva para nossos e-mails institucionais:
Região 01: atingidosparaopeba1@aedasmg.org
Região 02: atingidosparaopeba2@aedasmg.org
Texto: Equipes de Gestão da Informação (GI) da Aedas Paraopeba