Aconteceu no último sábado, 3 de dezembro, em Betim (MG), encontro com mulheres atingidas das cinco regiões da Bacia do Paraopeba e Lago de Três Marias.

O espaço foi organizado pelo Movimento das Atingidas/os por Barragens (MAB) para que as mulheres atingidas apresentassem às Instituições de Justiça suas pautas e reivindicações para a reparação dos danos causados pelo desastre-crime da empresa VALE S.A, ocorrido em 25 de janeiro de 2019.

As mulheres atingidas colocaram propostas para o Anexo I.1 e para projetos comunitários de autonomia econômica feminina, de enfrentamento à violência contra as mulheres e melhoria para a saúde da população atingida.

O encontro foi realizado em Betim e contou com a presença da Defensora Pública, Dra. Carolina Morishita e a Promotora de Justiça e Coordenadora da Cimos – Coordenadoria de Inclusão e Mobilizações Sociais – Dra Shirley Machado, que faz parte do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Também participaram as Assessorias Técnicas Independentes Aedas e Nacab e a Região Episcopal Nossa Senhora do Rosário (Renser).

“Essa ciranda não é minha só, ela é de todos nós, ela é de todas nós…” Lia de Itamaracá

O espaço contou com a Ciranda, onde a equipe de Pedagogia da Aedas trabalha focando o olhar e a escuta com as diversas infâncias atingidas, por meio de ferramentas lúdicas, para a contextualização da reparação integral, levantamento e sistematização dos danos causados pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão.

A Ciranda também possibilita uma melhor participação das mães, pais e responsáveis nos espaços de discussão.

Além da equipe de Pedagogia, a coordenadora da Equipe de Monitoramento de Gênero da Aedas, Iridiani Seibert, apresentou as sistematizações de danos que as mulheres atingidas construíram nos espaços participativos da Assessoria nas regiões 1 e 2.