Diferentes dores, perdas e danos são evidenciados nos territórios atingidos quando se olha para cada família e pessoa. Apesar de diferentes, são consequências de um único fato devastador – um rompimento, que atingiu a vida, os sonhos e os planos de milhares de pessoas. A união é a força motriz para o processo de reparação, assim como a divisão é a fragilidade dele.

Desde fevereiro de 2019, o direito à Assessoria Técnica Independente foi conquistado pelas pessoas atingidas pelo rompimento da barragem B1 e soterramento das barragens B-IV e B-IV A da mina Córrego do Feijão em Brumadinho. Isso porque, para uma reparação integral e justa, é preciso que os atingidos e atingidas sejam protagonistas desse processo, e o objetivo das ATIs é justamente assessorá-los nessa construção.

Reconhecer e respeitar a diversidade entre os sujeitos, os modos de agir e sentir, e a própria natureza dos danos que cada pessoa sofreu é importante para que a reparação seja justa. É necessário fornecer os elementos para seja uma reparação integral, individual e coletiva. Assim, devem ser considerados os danos aos quais as pessoas foram submetidas após o rompimento da barragem e, também, as suas consequências até os dias de hoje. Todos merecem ser ouvidos/as, e a ATI trabalha para que esse direito seja respeitado.

Após mais de três anos do rompimento, novos danos e dores são perceptíveis nos territórios e uma pergunta ecoa ainda sem respostas: “Um rompimento – Quantos direitos atingidos?”.

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