Quinta edição do jornal da Aedas traz assuntos quentes para o mês de abril. Dentre eles, os postos presenciais da FGV para desbloqueio de mais famílias no PTR 

“Famílias tentam desbloqueio do PTR em pontos presenciais” e “Anexo 1.1 coloca atingidos e atingidas como protagonistas” são alguns dos destaques da 5ª Edição do Vozes do Paraopeba, o jornal impresso da Aedas.  

Em março, a Fundação Getúlio Vargas anunciou que iria atender presencialmente as comunidades da Bacia do Paraopeba. A medida é para resolver o pagamento emergencial das famílias que tiveram o benefício bloqueado. No jornal, é explicada como acontece essa retomada, os pontos de atendimento e seus endereços, além dos documentos obrigatórios para facilitar que mais pessoas conquistem esse direito. 

Leia a edição abaixo e confira:   

Editorial da Aedas reforça a importância da organização e da participação dos atingidos a atingidas para a conquista de mais direitos. E relembra que, a presença da FGV nos territórios é fruto dessa mobilização das comunidades atingidas.  

O Vozes da Gente desta edição traz as falas de atingidas sobre o Programa de Transferência de Renda (PTR), uma das pautas mais emergenciais da população atingida da Bacia do Paraopeba. 

Educação! É preciso acolher e entender como os espaços das escolas também mudaram após o rompimento. Professoras contam que passaram a acolher famílias em situação de vulnerabilidade ou enfrentamento de danos e, com isso, a formação dos alunos e alunas precisam de atenção especial.  

Mulheres atingidas são prioridade. Na edição passada, destacamos mulheres e a importância da participação delas para reparação integral. Nesta edição, trouxemos os seminários temáticos que aconteceram durante o mês de março nos territórios, promovendo diálogos sobre a vida delas. Leia mais aqui.

As Consultorias Independentes são fundamentais no levantamento de danos dos atingidos/as. A não relação delas com as mineradoras é ponto de partida para o não beneficiamento das empresas, e sim, das comunidades atingidas. Nesta matéria, você entenderá o que fazem e como estão atuando nos territórios. 

Editorial

Conquistas das pessoas atingidas reforçam importância da participação e controle social da reparação

Recadastramento dos bloqueados, atendimento presencial do PTR no território, participação efetiva das pessoas atingidas nos R$ 3 bilhões do Anexo 1.1, levantamento de provas e promoção da Matriz de Danos como instrumento de garantia de direitos individuais e coletivos. Essas são conquistas da organização e da reivindicação das pessoas atingidas da Bacia do Rio Paraopeba, de suas associações comunitárias, de suas representações e lideranças.

O próprio direito à Assessoria Técnica Independente surge enquanto conquista das pessoas atingidas, direito esse conquistado ainda sob o abalo do rompimento, em 2019, mas que segue reconhecendo a centralidade do papel dos atingidos e atingidas como protagonistas no processo reparatório, e defendendo a participação informada mesmo em um cenário de entraves no acesso das pessoas atingidas às mesas de negociações.

Por ser um agente que atua no território, a assessoria técnica também acompanha as inúmeras reivindicações apresentadas pelas organizações e movimentos sociais, reforçadas em ato público que marcou o dia internacional de luta das atingidas e dos atingidos por barragens. Dentre as reivindicações estão a aprovação da política nacional (PNAB) e a regulamentação da política estadual de direitos dos atingidos por barragens (PEAB).

Nesses dois anos de atuação, a Aedas tem levantado junto à população atingida pesquisas, mapeamentos e, principalmente, propostas, a exemplo dos Planos de Ação das Comunidades. São as pessoas atingidas apontando o rumo da reparação integral e formulando como essas ações reparativas devem ocorrer em suas comunidades, em suas cidades e em seus territórios.

Histórias Atingidas 

Neste mês, em especial, o Vozes do Paraopeba foi lançado poucos dias depois da estreia do documentário “Histórias Atingidas”. Também de produção da Associação, a narrativa conta a trajetória de três mulheres que tiveram suas vidas atravessadas pela barragem da Vale, em 2019, no Córrego do Feijão. 

Histórias Atingidas emociona, faz chorar e refletir sobre os danos que a mineração pode causar ao território e à vida das milhares de família que vivem em torno dela. Para assisti-lo, basta acessar a página da Aedas no YouTube.

Leia mais aqui.