A Fundação Getulio Vargas (FGV) lançou no dia 17 de janeiro, o Canal do PTR por meio de atendimento telefônico, através do número 0800 032 8022. Essa era uma demanda que as pessoas atingidas já tinham apresentado. Através desse canal, é possível consultar informações sobre pagamento, como alterar dados. O horário de atendimento é de segunda a sábado, das 8h às 20h, exceto feriados. 

Outro fato recente relativo ao PTR é que, devido às fortes chuvas que caíram em várias cidades de MG, e a pedido das Comissões de Atingidos e Atingidas, houve a abertura de diálogo com as Instituições de Justiça (IJs), através de ofício, onde foi solicitado que houvesse o adiantamento de parcelas do pagamento mensal do programa de transferência de renda. Em reunião realizada em BH, com integrantes da DPMG e do MPMG, foi confirmado o adiantamento de duas parcelas para as pessoas que já recebem o pagamento, a fim de contribuir com a diminuição da crise que as enchentes causaram em diversas regiões. Nos meses seguintes, o dinheiro será depositado normalmente nas contas.

Registros das enchentes / Aícó Culturas/Aedas.

Apesar de estar com o pagamento bloqueado há mais de um ano, Roseane Alves, moradora da comunidade do Brejo, em Igarapé, contou que ficou muito feliz com o adiantamento das parcelas, pois as chuvas causaram estragos muito grandes e muitas pessoas não teriam como lidar com mais essa crise. Sobre o canal de atendimento através do 0800, Roseane declarou: “eu quero parabenizar a equipe, pois fui atendida por uma pessoa muito atenciosa, gentil e paciente que me explicou tudo direitinho, me ouviu e me entendeu. Foi um atendimento muito bom.”, finalizou. 

A inclusão de novas pessoas no cadastro do PTR, é uma reivindicação anterior à situação agravada pelas enchentes. A FGV irá incluir no Programa de Transferência de Renda (PTR), todas e todos os familiares de vítimas fatais reconhecidos pelo Núcleo do Ministério Público, a previsão é de que o cadastramento comece em fevereiro pela Fundação e pela Avabrum.

Essa conquista reforça que com organização coletiva e luta, as reivindicações ganham mais força e promovem mudanças significativas no cotidiano. A Aedas permanece no acompanhamento, acolhendo e encaminhando as demandas apresentadas pelas pessoas atingidas a fim de contribuir para a construção da reparação integral justa e que dialogue diretamente com os interesses das famílias e do território.