Atingidas e atingidos realizam ato público contra barragens, pelo rios, pela água e pela vida
Atingidas e atingidos foram às ruas nesta segunda-feira (14), “Dia Internacional de Lutas Contra as Barragens, Pelos Rios, Pela Água e Pela Vida”, para mais uma vez exigir garantia de direitos e reparação integral. Os danos causados pelas enchentes na Bacia do Paraopeba em janeiro de 2022 estão entre os pontos de cobrança da população atingida neste dia.
Em 2022, a mobilização organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens denuncia a impunidade das empresas responsáveis por graves danos contra a população atingida, contra o meio ambiente e o patrimônio público em territórios como a bacia do Rio Paraopeba, duramente impactada pelo rompimento da barragem da Vale em Brumadinho.
Na pauta dos atingidos, estão:
- PTR: reivindicação dos desbloqueios do PTR e atendimento presencial nas comunidades.
- Responsabilização pelas 272 vítimas fatais do rompimento da barragem.
- Defesa da matriz de danos e da assessoria técnica independente.
- Reparação Integral.
- Impunidade das empresas responsáveis por danos contra a população atingida
- Agravamento de danos em decorrência de enchentes do início do ano
- Atendimento presencial de técnicos da FGV para informações sobre o PTR.
Em Belo Horizonte, dezenas de atingidos se concentraram na Praça da Assembleia Legislativa pela manhã e depois seguiram em caminhada até o Ministério Público de Minas Gerais.



Após a concentração na Praça da Assembleia Legislativa, manifestantes, atingidas e atingidos, seguiram em caminhada até a sede do Ministério Público de Minas Gerais – MPMG onde entregaram aos promotores um manifesto que pede celeridade nos acordos e projetos de reparação.



Reivindicações
Outro ponto do ato público das atingidas e dos atingidos foi o Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG, onde os manifestantes entregaram aos magistrados uma petição pelo cumprimento da Lei Mar de Lama Nunca Mais , Lei Estadual nº 23.291/2019, que visa estabelecer uma legislação mais rígida no que diz respeito à construção, manutenção e fiscalização de barragens. A atingida Joelizia Feitosa, presente na caminhada, falou sobre a importância da organização dos atingidos para respostas efetivas dos agentes envolvidos no tema.
“Nós exigimos que a Justiça não dê mais margem, mais prazo, que não permita que as empresas continuem deixando as pessoas em risco. É pra garantir a integridade, a segurança das pessoas. Milhares de pessoas que hoje moram correndo risco, com medo, ameaçadas pelo rompimento de uma barragem. É um dia importante. Justiça só com organização e luta”, afirma Joelizia.
No TJMG, atingidos pedem agilidade e justiça de fato:



